Um mês do tornado que destruiu 90% de cidade do PR: mais de 500 pessoas permanecem desalojadas e 2 continuam internadas
08/12/2025
(Foto: Reprodução) Prefeito aponta próximos desafios da reconstrução em Rio Bonito do Iguaçu
Neste domingo (7) completou um mês da passagem do tornado que destruiu 90% de Rio Bonito do Iguaçu, na região central do Paraná.
Segundo a Defesa Civil, cerca de 500 pessoas permanecem desalojadas, ou seja, perderam suas casas, mas têm outros locais para ficar (como com parentes ou amigos, por exemplo).
O órgão também afirma que outras 16 pessoas estão desabrigadas - termo usado para quem não tem outro lugar para ficar e precisa de abrigos públicos. No caso de Rio Bonito do Iguaçu, o governo está mantendo as quatro famílias em um hotel desde o fim de novembro.
A Secretaria de Estado de Saúde (Sesa) ainda informou ao g1 que, na manhã desta segunda-feira (8), duas pessoas permaneciam internadas devido às consequências do tornado. Uma está em um hospital de Guarapuava, e outra em um de Cascavel.
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Rio Bonito do Iguaçu tem cerca de 14 mil habitantes. Segundo a Defesa Civil, quase 1,5 mil casas foram danificadas pelo tornado e, com isso, mais de 11 mil pessoas foram afetadas e cerca de 1,1 mil ficaram desabrigadas ou desalojadas, desde o dia do incidente.
O tornado que atingiu a cidade foi classificado como F4 na escala Fujita, que é usada para avaliar a intensidade dos fenômenos e vai até o nível F5. Os tornados da categoria F4 são considerados devastadores e têm velocidade do vento estimada entre 332 km/h e 418 km/h.
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Devido às tempestades, seis pessoas morreram em Rio Bonito do Iguaçu, e uma sétima em Guarapuava. No total, segundo as autoridades, ao menos 835 pessoas ficaram feridas no estado e precisaram de atendimento médico.
Desde o tornado, uma verdadeira força-tarefa que une moradores, governo e voluntários tem reconstruído a cidade – que, agora, pouco a pouco, tenta voltar à normalidade.
Rio Bonito do Iguaçu (PR), após o tornado de 7 de novembro
Henrique Cabral
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Cidade em reconstrução
Casas pré-fabricadas estão sendo construídas em Rio Bonito do Iguaçu
Cohapar/Divulgação
Uma força-tarefa montada pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (Crea-PR) para vistoriar os imóveis danificados pelo tornado em Rio Bonito do Iguaçu apontou que cerca de 30% do que sobrou das edificações da cidade teria que ser demolido devido à estrutura ficar comprometida - enquanto que os outros 70% poderiam passar por reformas.
O trabalho tem sido feito por moradores, voluntários e conta com o apoio do Governo do Estado, que anunciou a construção de 320 casas pré-fabricadas para famílias que perderam seus lares no evento climático.
A montagem também tem um valor simbólico, pois a primeira moradora a receber um novo teto será Marilda Risse, esposa de uma das sete vítimas que morreram na tragédia - Claudino Pereira Risse.
"Não sobrou nada da casa deles, e o novo lar está sendo levantado no mesmo local em que o casal vivia. É o que vai acontecer com os demais selecionados para receber o benefício e que possuem terreno próprio. Quem não é proprietário de terra, por sua vez, vai ganhar uma residência em um lote cedido pela prefeitura, ainda em fase de preparação, com limpeza e nivelamento do solo", explica o governo.
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Liberações de casas e terrenos
A Tecverde, empresa contratada para entregar a estrutura pré-moldada e executar as obras do programa emergencial do Governo do Paraná, está levando os canteiros de obra para outros terrenos liberados pelo município para a instalação das moradias. Dois lotes já estão com as marcações prontas para dar lugar à fundação e mobilizaram profissionais neste primeiro fim de semana de dezembro.
O cronograma prevê ainda que semanalmente uma série de outros espaços seja entregue à construtora para a realização dos trabalhos. Por contrato, todas as habitações têm de ser concluídas em no máximo 180 dias, a contar da data do sinistro.
O gerenciamento de toda a operação em Rio Bonito do Iguaçu está nas mãos da Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar). A empresa pública participou também, em conjunto com outros órgãos e entidades, do cadastramento das famílias afetadas e da vistoria de mais de 1,5 mil imóveis na cidade.
Esse levantamento serviu de base para decidir quem teria direito a uma das casas cedidas pelo Estado, cujo investimento total é de R$ 44 milhões - uma média de R$ 137,5 mil por residência.
"As residências estão sendo construídas no sistema wood frame, que reduz consideravelmente o tempo de execução do serviço. As casas são compostas de sala, cozinha, dois quartos, banheiro e lavanderia. A área da estrutura tem três variações: 45 m², 48 m² e 50 m²", explica o governo.
Casas pré-fabricadas estão sendo construídas em Rio Bonito do Iguaçu
Cohapar/Divulgação
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