Acusado de matar namorada e enviar áudio às filhas da vítima após crime vai a júri nesta quinta, no Paraná; OUÇA
29/05/2025
(Foto: Reprodução) Maria da Luz Alípio tinha 51 anos e foi estrangulada dentro de casa. Paulo Sergio Machado, de 46 anos, responde por homicídio triplamente qualificado e furto. Defesa dele diz que espera julgamento 'justo, sem impunidade e sem exageros'. Homem é suspeito de matar namorada e enviar áudio às filhas da vítima após crime
Paulo Sergio Machado, homem de 46 anos acusado de matar a própria namorada dentro de casa e enviar um áudio às filhas da vítima logo após o crime, vai a júri popular nesta quinta-feira (29).
Maria da Luz Alípio tinha 51 anos, morava em Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná, e foi morta estrangulada com um lenço no dia 17 de fevereiro de 2024, um sábado. O corpo da mulher foi encontrado por uma das filhas dela, que foi até a residência após receber a mensagem de áudio de Paulo. Saiba mais abaixo.
"Tua mãe não está mais comigo, mas também vocês não vão ter ela mais. [...] Se ela não fosse minha mulher, ela não ia ser mais de ninguém. [...] Mas vocês não vão ter a mãe de vocês mais também", disse Paulo em trechos da mensagem. OUÇA ACIMA.
✅ Siga o canal do g1 PR no WhatsApp
✅ Siga o canal do g1 PR no Telegram
O júri popular está marcado para começar às 8h30, no Fórum de Ponta Grossa.
Paulo Sergio responde por homicídio triplamente qualificado (por motivo torpe, asfixia e feminicídio) e também por furto. Para os crimes, o Código Penal prevê pena de até 34 anos de prisão, podendo ser aumentada em até dois terços quando o autor é companheiro da vítima.
Segundo o Ministério Público (MP), após matar Maria Alípio, o homem furtou uma moto dela e a usou para fugir, mas foi encontrado e preso dois dias depois em São Mateus do Sul, cidade que fica a 122 km de Ponta Grossa. O homem permanece detido desde então.
O g1 procurou a defesa do réu, que disse que a denúncia tem, sim, provas suficientes de que Paulo Sergio foi o responsável pela morte de Maria Alípio. No entanto, questiona as qualificações apontadas pelo MP.
"O crime não foi praticado de forma premeditada", diz o advogado Nathan Junior Basso Palhão.
O advogado afirma ainda que vai buscar a absolvição do réu no crime de furto e que espera um julgamento justo, sem impunidade e sem exageros.
Leia também:
Assista: Vídeo mostra resgate de ladrão que ficou entalado em chaminé e foi preso após gritar por socorro, no Paraná
Previsão do tempo: Paraná tem três dias com previsão de geada, diz Simepar; veja quando e onde
Personagem fictício, IPVA atrasado, culpa em Lula: O que se sabe sobre o caso da neta suspeita de desviar R$ 200 mil do avô no Paraná
Filha encontrou a mãe morta após receber mensagem do suspeito
Maria da Luz Alípio tinha 51 anos
Reprodução/Redes Sociais
Jennifer Caroline Telinski, uma das filhas da vítima, conta que encontrou a mãe morta após receber a mensagem do suspeito. Ela recebeu o áudio por volta das 18h e, na sequência, foi até a casa da mulher junto com o marido e um amigo da família.
Ao chegar ao local, a residência estava trancada e, por uma fresta na cortina, eles viram Maria da Luz deitada na cama, imóvel.
"Romperam a porta do fundo da residência para poder entrar e localizaram a vítima na cama com um lenço em volta do pescoço, aparentando sinais de óbito", descreve o boletim da ocorrência.
O B.O. também relata que Paulo fugiu com a moto de Maria da Luz logo após o crime.
Na segunda-feira, três dias após o crime, ele foi encontrado e preso em flagrante pela Polícia Militar com a motocicleta em São Mateus do Sul, no sul do Paraná. A cidade fica a 122 km de Ponta Grossa, onde aconteceu o crime.
MAIS SOBRE O CASO:
PRINTS: homem ameaçou matar outra ex-companheira
VÍDEO: Homem se manteve em silêncio em depoimento à polícia
Relação conturbada
Paulo foi preso em flagrante na segunda-feira (19) pela suspeita de feminicídio
Reprodução/RPC
Jennifer também conta que Paulo tinha uma relação conturbada tanto com Maria da Luz, quanto com as filhas da vítima. Os dois se relacionavam havia cerca de um ano e contabilizavam diversos términos.
A filha da vítima afirma que a família e os amigos tentavam convencer a mãe de que a relação não era saudável.
"Todo mundo estava vendo, só que ele mexeu muito na cabeça dela de forma que ela não conseguia enxergar a situação e estava se submetendo a isso. O conselho [de terminar o namoro] foi dado, mas a gente nunca imaginou que ele pudesse ser capaz de fazer uma atrocidade dessas", explica.
Maria da Luz Alípio era zeladora e deixou quatro filhos, com idades entre 20 e 32 anos na época do crime.
Saiba como identificar o ciclo da violência
Violência contra mulher: Veja os canais de denúncia disponíveis no Paraná
Paulo Sergio Machado é réu pela morte de Maria da Luz Alípio
Reprodução
Vídeos mais assistidos do g1 Paraná:
Leia mais notícias no g1 Paraná.